O curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (DEL) foi criado em 1965 por iniciativa de setores organizados da sociedade civil londrinense, antes mesmo da fundação desta Universidade, buscando docentes nos melhores centros médicos da época.

No decorrer dos anos, este curso alcançou grande prestígio nacional pela formação de profissionais de qualidade e pelo auxílio na construção, em Londrina, de um centro de excelência regional no atendimento médico. Pautado inicialmente na metodologia tradicional de ensino, com aulas expositivas e centradas no professor, o curso reinventou-se na década de 1990, na vanguarda das tendências da educação médica mundial, quando foi um dos pioneiros no Brasil a adotar um currículo integrado, com uso metodologia ativa (Aprendizagem Baseada em Problemas – ABP) centrada no estudante e com inserção precoce do aluno no sistema de saúde.

Desde então, o curso de Medicina da UEL consolidou-se no cenário nacional como uma referência em educação médica usando metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem.

Contudo, nos últimos dez anos, observou-se um desgaste do currículo e da metodologia, tendo em vista as mudanças nas características do trabalho do médico que exigem o fomento ao desenvolvimento de novas competências, a mudança de perfil dos ingressantes no curso, os novos marcos legais do ensino médico (que incluem as últimas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Medicina, publicadas em 2014), as tendências mundiais da educação médica e a nova realidade do ensino superior público no Estado do Paraná, com relação à política estadual de contratação de recursos humanos.

O Projeto Pedagógico atual, que entrou em vigência a partir de 2010, apresenta modificações na metodologia de avaliação discente e formaliza o estágio no internato na Atenção Básica, atendendo às demandas criadas pelos nossos processos avaliativos, encabeçados pelo SIAMed – Sistema Integrado de Avaliação do Curso de Medicina, com ciclos trienais. O curso tem agora 9.139 horas, sendo 3.950 horas dentro do Internato Médico. Chamamos a atenção para o fato de que até 2009, em quarenta e dois anos do curso, verificou-se
em média uma mudança curricular a cada seis anos. Este é um fato positivo, não encontrado em muitas escolas que sofrem de enrijecimento curricular. Em Londrina, o curso de Medicina tem uma tradição de procurar estar em permanente desenvolvimento, respondendo aos avanços do conhecimento científico-tecnológico da área médica e do conhecimento científico-educacional. E importante registrar que essas mudanças ocorreram sempre com a participação de professores e estudantes, especialmente a partir de 1977, com a realização dos Fóruns de Debates do Curso Médico da UEL.

DEPARTAMENTO

O Departamento, subunidade dos Centros de Estudos, constitui-se na menor estrutura de organização administrativa, didático científica e de lotação de pessoal.
No Departamento são reunidas atividades acadêmicas afins e nele estão integrados docentes e técnico administrativos para objetivos comuns. (Art. 122 do Regimento Geral da UEL).

COLEGIADO

Os Colegiados de cursos de graduação exercem a coordenação pedagógica dos cursos e serão constituídos por representantes docentes da área principal de conhecimento e da área básica e/ou complementar de conhecimento, estudantes e servidores, na forma prevista nos §2º e §3º do Art. 27 do Estatuto da Universidade. (Art. alterado através da Resolução CU 168/2007).

NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE)

O NDE institui-se como parte da estrutura de gestão acadêmica do curso com atribuições consultivas, propositivas e de assessoria, acerca de matérias de natureza acadêmica e pedagógica, sendo corresponsável pela elaboração, implementação e consolidação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), além de zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Tem como objetivos:

1 – Levantar dificuldades na atuação do corpo docente do Curso;

2 – Auxiliar na elaboração e no acompanhamento do PPC;

3 – Propor programas ou outras formas de capacitação docente;

4 – Acompanhar as avaliações do Curso definidas pelo Colegiado;

5 – Analisar e propor modificações, quando necessárias;

6 – Indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de atividades de pesquisa;

7 – Contribuir para a concretização do perfil profissional;

8 – Zelar pelo cumprimento das DCNs aplicáveis ao Curso de Medicina.